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Começando pela embalagem do aparelho, temos uma caixa no mesmo padrão usado pela Xiaomi em vários modelos da linha Redmi e Redmi Note nos últimos meses, sendo ela totalmente branca com uma imagem do dispositivo na parte frontal, e seu nome, bem como algumas informações sobre ele na parte traseira.

A caixa é feita em materiais resistentes e os acessórios inclusos pela empresa ficam bem organizados dentro dela, porém infelizmente temos um conjunto bastante básico de itens por aqui, sendo esta uma das formas encontradas pela chinesa de baratear os custos e reduzir ao mínimo possível o valor cobrado por seus produtos.

Dentro da caixa, temos a chavinha para abrir a gaveta onde você pode colocar dois chips SIM, sendo um micro e um nano, ou um chip SIM e um cartão microSD, além dos tradicionais manuais, guias e demais papelada obrigatória. É encontrado ainda um cabo USB com ponta microUSB para transferência de dados e para carregar o dispositivo, e um carregador de tomada com porta USB e saída de 2A, que nessa versão internacional vem no padrão americano de tomadas. E é isso, nada de fones de ouvido.

Passando então para design do Redmi Note 4, o aparelho pode ser adquirido em dourado, cinza, preto ou azul, sendo enviado para nós a última opção. Ela não é exatamente a cor mais discreta do mundo, mas não tem como negar que dá um ar completamente diferente para o aparelho.

A pegada do Redmi Note 4 é confortável, sendo ele basicamente do mesmo tamanho do Redmi Note 4X, com 151 mm de altura por 76 de largura e 8,4 de espessura. Ele também pesa os mesmos 175 gramas, reiterando que as mudanças aqui são basicamente nas especificações técnicas.

Seu corpo é feito em peça única de metal, contando apenas com duas listras em plástico nas partes superior e inferior para auxiliar na recepção de sinal. Além disso, temos vidro com acabamento 2,5D, o que ajuda a passar um ar mais requintado ao aparelho.

Na lateral esquerda do Redmi Note 4 temos sua gaveta híbrida para chips SIM e cartão microSD, ficando os botões de volume e energia ao lado direito. Na parte de baixo temos uma saída de som até satisfatória, mas nada surpreendente, ao lado direito e a grade que esconde o microfone ao lado esquerdo, o que pode levar alguns usuários a pensar se tratar de um modelo com som estéreo. No centro, fica a porta microUSB para transferência de dados e carregamento da bateria.

Na lateral superior, ficam a porta P2 para fones de ouvido, um microfone secundário para cancelamento de ruídos e a saída do infravermelho, o que possibilita que você use seu Redmi Note 4 como controle universal para TV, aparelho de som, ar condicionado e muito mais.

Na parte de trás temos a câmera principal, seu flash dual LED em dois tons e o leitor de impressões digitais, que funciona bem na grande maioria das vezes, enquanto na frente temos a câmera de selfies, o alto-falante para chamadas e um pequeno LED para notificações, além é claro dos botões capacitivos abaixo do display que felizmente são retroiluminados.

Com relação à tela, temos um painel IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1080 x 1920 pixels), o que confere ao Redmi Note 4 a densidade aproximada de 401 ppi. Temos aqui provavelmente o mesmo painel usado no Redmi Note 4X, o que em nossos testes mostrou bons níveis de brilho para exibição confortável nos mais variados ambientes, porém com uma certa tendência a exibir cores desbalanceadas por padrão.

A tela também não tem muita resistência contra riscos, então o mais indicado para quem estiver pensando em adquirir o aparelho é comprar junto uma película protetora.

Em números, tivemos brilho máximo de 480 lux com uma imagem branca sendo exibida (490 em modo automático) e brilho mínimo de 1 lux com a mesma imagem. Com uma imagem preta, o brilho máximo foi de 4 lux, enquanto o mínimo foi de 0.

O Redmi Note 4 traz um conjunto de especificações técnicas bacana para o nicho intermediário, incluindo uma tela IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução Full HD, chipset Helio X20 com dez núcleos a até 2,1 GHz e GPU Mali-T880 MP4. Este modelo que testamos conta ainda com 3 GB de RAM e 64 GB de espaço para o armazenamento interno, que pode ser expandido via cartão microSD de até 256 GB.

Na prática , vimos que o aparelho possui de fato poder de sobra para abrir os apps de maneira extremamente rápida, sendo ele capaz de terminar a primeira volta de nosso teste prático de velocidade com menos de um minuto, algo que geralmente temos apenas em aparelhos topo de linha. Por outro lado, a falta de otimização dos apps e da própria interface para o chip da Mediatek acaba pesando na segunda volta, colocando-o com o tempo total de 1 minuto e 46 segundos.

Somando isto ao resultado que vimos nos testes com jogos, podemos dizer que o Redmi Note 4 é sim um modelo bastante potente, mas acaba se perdendo na falta de interesse de muitos desenvolvedores em otimizar seus serviços para a solução da Mediatek, algo notável principalmente em jogos onde a taxa de quadros varia bastante e acaba gerando uma média inferior ao que tivemos na versão com Snapdragon 625.

Em testes de benchmark, tivemos:

Falando então sobre o desempenho prático com jogos, usamos como sempre nosso fiel escudeiro GameBench para medir a taxa de quadros por segundo marcada pelo aparelho ao executar cada título. No Asphalt 8, tivemos a média de 27 fps, reforçando que modelos com chip da Mediatek não costumam se sair muito bem nesse título da Gameloft.

Seguindo então para o Modern Combat 5, tivemos a boa média de 41 fps. Ele ainda fica longe dos 60 fps e tem algumas quedas no framerate em momentos mais dinâmicos e com muitas explosões, mas nada que chegue a incomodar a jogatina. Vale notar que tanto o Modern Combat 5 quanto o Asphalt 8 foram executados com os gráficos no máximo.

Por fim, temos o Subway Surfers como nosso representante dos títulos mais básicos e casuais. O clássico jogo de corrida infinita rodou com taxa média de 59 fps, o que não é o máximo possível por aqui mas já que deve ser suficiente para a maioria. Com isso, vemos em em jogos mais simples como Clash Royale, Pokémon Go e outros do tipo o aparelho não terá qualquer problema

Sobre o sistema, o Redmi Note 4 já foi confirmado para receber a MIUI 9 baseada no Android Nougat, sendo apenas uma questão de tempo até que isso aconteça. A interface é exatamente a mesma de outros modelos da marca, não havendo divisão entre tela inicial e gaveta de apps, e com alguns pontos bastante similares ao que temos no iOS da Apple.

O conjunto de câmeras incluído pela Xiaomi no Redmi Note 4 condiz com o que temos em outros intermediários, em teoria, sendo adotado um sensor principal de 13 megapixels com abertura f/2.0 e uma câmera frontal de 5 megapixels com a mesma abertura f/2.0.

O app de câmera é exatamente o mesmo já visto em vários outros modelos da Xiaomi que passaram por nossas bancadas. Aqui, temos uma interface bastante limpa e direta, mas que poderia certamente facilitar o acesso ao menu de configurações, já que é necessário entrar em modos de captura e só então tocar na engrenagem para ter acesso aos ajustes.

Além disso, algumas informações são bastante vagas, como a possibilidade de definir a "qualidade da imagem" apenas entre baixa, padrão e alta ao invés de ser informada a resolução da foto. Com vídeos, felizmente isto não acontece, sendo possível escolher até gravação em Full HD a 30 fps.

Para a câmera frontal, as funções são bastante limitadas, estando disponível apenas um modo de embelezamento e alguns filtros, além de temporizador e outras coisas menores. Caso você deseje tirar umas selfies em ambientes noturnos, saiba que nada de flash por aqui, seja com um LED dedicado ou com a própria tela.

Em nossos testes , porém, o dispositivo não agradou tanto assim, ficando na última colocação em nosso comparativo às cegas e demonstrando ser uma verdadeira negação na gravação de vídeos. Isto provavelmente se dá pelo processamento de imagens debilitado do Helio X20 em relação ao que temos na versão com Snapdragon 625, já que o Redmi Note 4X utiliza exatamente os mesmos sensores e se saiu muito melhor.

Assim como no Redmi Note 4X, temos aqui um componente de 4.100 mAh, o que é mais do que temos geralmente em dispositivos intermediários no mercado nacional. Por contar com um chipset não tão eficiente energeticamente, porém, o Redmi Note 4 não chega a se destacar em termos de autonomia, provendo apenas algo suficiente para um dia inteiro de uso moderado sem grandes problemas.

Nos testes de consumo, tivemos 9 horas e 18 minutos de reprodução de vídeos Full HD offline, 3 horas e 47 minutos de gravação de vídeos, também em Full HD, 4 horas e 45 minutos de videochamadas pelo Skype, usando rede Wi-Fi, e 11 horas e 25 minutos de chamadas de voz pelas redes móveis.

No teste prático em tempo real , foram alcançados os seguintes resultados:

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