O TudoCelular mostrou que o Galaxy M20 é um bom aparelho pelo preço cobrado. Mas será que vale a pena desembolsar um pouco mais para ter alguns recursos a mais no M30?
Também testamos este modelo para responder a essa e outras perguntas. Vem com a gente que vamos falar tudo sobre o mais avançado modelo da série mais básica da Samsung.
O design do Galaxy M30 é parecido com o do M20, com o corpo pouca coisa maior e espessura um pouco reduzida, por conta da tela Super AMOLED. Em linhas gerais, os três modelos da família são bastante parecidos. O mais avançado ganha uma câmera a mais na parte traseira e o recorte tem formato em U, e não em V (ou gota).
As laterais abrigam botões de volume e energia na direita e gaveta de chips, com espaço suficiente para dois nano SIM e um micro SD. Na parte de baixo, um conector de fone de ouvido, outro USB-C e o alto-falante. Em cima, só um microfone para reduzir ruídos em chamadas e na gravação de vídeos.
Laterais e traseira possuem acabamento plástico, com vidro ocupando toda a parte da frente, que tem bom aproveitamento de tela.
Dentro da caixa, são os mesmos acessórios de todo o restante da linha Galaxy M:
Mas nem tudo é quase igual entre o Galaxy M20 e o M30. Há melhorias oferecidas pela Samsung para cobrar o preço um pouco mais alto. Uma delas é o tipo da tela, AMOLED aqui nesse modelo mais avançado. A tela já aumenta para 6,4 polegadas e mantém a resolução Full HD+.
O M30 ainda tem algumas possibilidades extras, como ajustes da exibição - por incrível que pareça. O brilho também é um pouco mais alto, além do preto ser mais real, por assim dizer - os pixels apagam de verdade nas áreas mais escuras da imagem.
O áudio segue a qualidade do modelo mais barato, também com um alto falante na parte de baixo, que talvez você cubra ao jogar.
Com relação a recursos, a Samsung prometeu o Android Pie logo que você tira ele da caixa, mas nem a nossa unidade e nem a de outros com quem conversamos recebeu o update até o momento. Mas pode ficar tranquilo que vai chegar em algum momento.
E mesmo com o Android Oreo, esse modelo já conta com recursos como Dual Messenger, fotos com foco dinâmico e outros. E o M30 também não permite selecionar vários apps na gaveta ou na tela inicial. Quem sabe ao atualizar para a One UI..
Com o mesmo hardware, incluindo aí plataforma, o Exynos 7904 (octa-core a até 1,8GHz), armazenamento e memória RAM (64 GB e 4 GB, respectivamente), pode-se esperar que o M30 e o M20 sejam equivalentes em desempenho, certo?
Em partes. Sentimos que o M30 é um pouco mais pesado, e a fluidez não é a mesmíssima do irmão menor. Tudo bem que os dois ficaram bem próximos no nosso teste de velocidade, mas o M30 foi dois segundos mais lento. Não é grande coisa, mas deu para sentir a diferença na hora do teste.
Os resultados de benchmark também foram próximos, com o M30 alguns pontos abaixo do M20 no AnTuTu.
Desempenho em jogos:
Mas o desempenho em jogos acabou sendo igual, e o M30 até conseguiu ir melhor no PUBG Mobile, cravando 26 fps no médio e sem tantos engasgos durante a jogatina. O tempo médio de autonomia de bateria ficou em torno de 9 horas. Claro que tudo depende do tipo de jogo utilizado.
Mas nem sempre o M30 fica atrás do outro modelo. O tempo de duração da bateria foi bastante superior, com mais de 26 horas para desligar totalmente. Não foi o bastante ainda para alcançar o Moto G7 Power, mas é um dos melhores resultados que já tivemos na bancada do TudoCelular. E a resolução do M30 é mais alta que a do modelo da Motorola.
Após dois dias de testes com o Galaxy M30, chegamos aos seguintes resultados:
O tempo de recarga não é ruim, mas curiosamente foi mais lento que o M20, mesmo com um carregador de mesmas características. Foram quase duas horas e vinte minutos para levar a carga de zero até cem por cento
O M30 é o único da família a trazer três câmeras na parte traseira, sendo um wide, outro ultra-wide e mais um sensor de profundidade. As características das lentes são as mesmas do M20, exceto pela selfie, que tem resolução maior. Além disso, ele tira fotos com Foco Dinâmico também de objetos, não só de pessoas.
E é por esse tipo de foto que vamos começar a análise. O M30 trabalha bem com boa iluminação, conseguindo um recorte bem satisfatório. Com pouca luz, já perde um pouco da qualidade, mas também dá para usar as fotos nas redes sociais.
Foco Dinâmico ativado | Modo Automático
No geral, a qualidade do conjunto é ok, considerando o preço do aparelho. Com boa luz, como era de se esperar, boas imagens. E mesmo com pouca luz não chega a decepcionar, com um nível de ruído não muito alto.
O problema é a lente ultra-wide. Com boa iluminação, ok. Perde um pouco em cores, mas dá para passar. Mas o aparelho quase não enxerga com pouca luz. Aí você fica sem a opção de registrar o campo de visão maior nesses cenários.
O Galaxy A30, modelo mais caro da Samsung, com um sensor a menos e hardware igual, fica um pouco à frente na qualidade geral. As imagens ficam mais claras e atraentes, além do contra-luz ser melhor. E claro que isso se mantém em baixa luminosidade.
Curiosamente, a qualidade da lente ultra-wide é a mesma nos dois aparelhos. Ou seja, ruim com pouca luz.
Fotos tiradas com o Galaxy M30 (modos automático e Foco Dinâmico; lente wide e ultra-wide)
Lente wide | Lente ultra-wide
Selfies tiradas com o Galaxy M30 (modos automático e Foco Dinâmico)
As selfies impressionam positivamente. Há um bom nível de detalhes e texturas na lente do M30, mas esse modelo fica um pouco atrás, de novo, do A30, muito mais rico em detalhes da imagem. E surpreendentemente, os aparelhos também não vão tão mal com pouca luz. O A30 mantém a dianteira de leve, com mais detalhes.
O mesmo vale para o foco dinâmico de selfies, com recorte levemente melhor no A30 nas imagens que fizemos.
A gravação de vídeo fica sempre no Full HD, tanto na frente como atrás. A qualidade é boa para a faixa de preço, e a captação de áudio também é bem bacana, priorizando a sua voz sobre os ruídos da rua.
O Galaxy M30 é um bom smartphone, melhorando alguns aspectos do bom e barato Galaxy M20. O que inclui duração maior de bateria e conjunto de câmeras superior, assim como a experiência multimídia, com tela e áudio.
O desempenho é parecido, e os pontos fracos são os mesmos, com acabamento que você nota o corte de custos e leitor de impressão digital um pouco para cima demais.
Porém, esse modelo já tem um salto de 300 reais no preço oficial, ficando em mil e quinhentos reais. Um investimento alto para ter quase a mesma experiência.
Dá para achar promoções do aparelho à vista por cerca de mil trezentos e cinquenta reais, mas por esse valor talvez valha a pena pensar em fazer um investimento um pouco maior por algo melhor.
Ou seja, no geral, o M30 já deixa de ter o bom custo-benefício que a linha propõe.
Pontos fortes
Pontos fracos
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