O Galaxy J7 Neo vem dentro de uma caixa azul, no formato padrão Samsung. A caixa é bem sóbria e elegante, com nome do modelo e marca na frente e alguns detalhes do dispositivo na parte de trás.
Essa caixa se abre pelo topo, e uma segunda caixa deve ser removida para acesso ao smartphone. Abaixo da caminha dele, temos os acessórios bem guardados e embalados separadamente:
Tudo de acordo com o descritivo encontrado na parte de trás da caixa.
O design do J7 Neo é bem conhecido de boa parte dos brasileiros. Ele é uma espécie de sucessor do Grand Prime, e uma atualização, basicamente, do Galaxy J7 original, de 2015, e do J7 Metal, de 2016, mas sem o acabamento metálico.
As laterais são levemente curvas, o que ajuda um pouco na pegada deste dispositivo que tem 152,4 mm de altura, 78,6 mm de largura, e espessura de 7,6 mm. Ao menos é um aparelho leve, com apenas 170 gramas. São dimensões bem próximas do J7 Metal, aliás.
Seguindo o padrão Samsung, O J7 Neo tem o botão de energia no lado direito e os de volume no lado esquerdo. Embaixo, temos microfone, conectores micro USB e de fone de ouvidos. O topo é liso.
A parte traseira tem um design bem característico dos dispositivos Samsung há alguns anos. O flash fica no lado esquerdo, com a câmera quadradona e levemente saltada no meio e a saída de áudio à direita. Essa tampa tem uma textura que ajuda na aderência do dispositivo às suas mãos. E ela é removível, liberando o acesso para os slots micro SIM e micro SD, além da bateria.
Na parte da frente, temos um flash para as selfies, o alto falante de chamadas, um sensor de proximidade e a câmera frontal. Na parte de baixo, o botão Home físico no padrão Samsung original - sem biometria - e os botões apps recentes, à esquerda, e volta, à direita, sem retro-iluminação. É um pouco difícil se localizar aqui no escuro.
A tela do Galaxy J7 Neo tem 5,5" e usa a resolução HD (720 x 1280), com uma densidade aproximada de 267 pixels por polegada. Ao menos utiliza a tecnologia Super AMOLED, o que garante cores mais saturadas e maior contraste, oferecendo uma qualidade de exibição de conteúdo bem bacana.
Apesar da resolução baixa, a definição é mais que razoável, e não perde muito em comparação com dispositivos do mesmo tamanho que usem a resolução Full HD. Se você não estiver satisfeito com as cores, pode optar por um dos modos de exibição no menu Visor.
Quanto ao brilho, o máximo é bom para uso embaixo da luz do sol. E, como esse dispositivo não tem sensor de luminosidade, a Samsung incluiu um recurso para aumentar o brilho da tela por 15 minutos para uso em ambiente externo, que te ajuda bastante nesse caso.
Já o brilho mínimo é razoável, mas poderia ser um pouco mais baixo para uso confortável à noite. Ao menos ele oferece a opção do filtro de luz azul.
A Samsung economizou bastante em vários aspectos do Galaxy J7 Neo, mas ao menos conseguiu colocar um chipset bem bacana aqui dentro. De fabricação própria, o Exynos 7870 de oito núcleos com clock máximo de 1,6GHz é o mesmo do J7 Metal, e ainda tem a placa gráfica Mali-T830 MP2 e 2GB de RAM para auxiliar.
O problema está no armazenamento: apenas 16GB para instalar aplicativos, apesar da possibilidade de expandir a memória com um cartão microSD de até 256GB. Pouco mais de 5GB já estão ocupados pelo sistema, e sobra menos de 11Gb para você instalar apps e armazenar mídia.
Vimos em nosso teste de desempenho que esse conjunto de especificações é bom o suficiente para abrir aplicativos sem engasgos. Apesar de os 2GB de RAM não segurarem todos os apps de nosso teste abertos, dá para você manter uns quatro ou cinco aplicativos rodando ao mesmo tempo sem grandes problemas, especialmente se não tiver nenhum muito pesado na lista.
Os tempos em nosso teste de velocidade ficaram em 1min19s para a primeira volta e mais 1min21s para a segunda, totalalizando 2min41s para fechar o teste com os 12 aplicativos abertos e reabertos.
Os teste de benchmark mostraram pontuação dentro do esperado para um dispositivo da faixa de preço do J7 Neo:
Já em jogos, o pessoal do GameBench nos ofereceu uma conta premium, o que nos permitiu fazer testes mais aprofundados com a ferramenta. Rodamos agora seis jogos, sendo três deles com exigência mediana, dois casuais e um mais pesado.
O Asphalt 8 retornou 22 fps, com 10% de uso da CPU e 211MB exigidos de RAM. Já o Asphalt Xtreme deu o máximo de 30 fps nas configurações padrão, com 9% da CPU e 455MB de RAM. Modern Combat 5 conseguiu 29 fps, mas com 48% de uso da CPU e 245MB de RAM.
Passando para os jogos casuais, o Clash Royale conseguiu rodar a 59 fps com 6% de CPU e 108MB de RAM. Subway Surfers atingiu o máximo de 60 fps com 29% da CPU e 235MB de RAM. E, por fim, Injustice 2 , o mais pesado da lista, teve média de 23 fps, com 12% de CPU e 561MB de RAM.
Se o seu nível de exigência com jogos não foi muito alto, dá para usar o J7 Neo tranquilamente até mesmo em jogos um pouco mais pesados. Não me lembro de ter sentido travadas durante os testes, que foram realizados em cerca de 20 minutos de jogatina em cada título.
O sensor traseiro do J7 Neo tem 13MP com abertura f/1.9 e distância focal de 4mm. Já o frontal tem 5MP de resolução máxima, abertura f/2.2 e distância focal de 2mm. Ambos possuem suporte a vídeos em Full HD a 30 fps.
O app da câmera traz recursos e interface da Samsung Experience 8.1, a mesma que encontramos no Galaxy S8. Deslizando para cima ou para baixo, você alterna entre as câmeras. Para a direita, abre o menu de opções de modo, que inclui o profissional, panorama e outros. Deslizando para a esquerda, tem um menu de filtros.
No modo automático, ao tocar em uma área da foto, você ajusta o foco para aquele ponto e pode aumentar ou diminuir a exposição. Tocando e segurando por um tempo, ativa um bloqueio de foco e exposição para aquele ponto. Ao tocar e segurar o botão de captura, deslize para cima para aumentar o foco.
Como o J7 Neo não foi desenvolvido com muita preocupação com as câmeras, podemos dizer que a Samsung fez um bom trabalho com esses sensores. Não são os melhores da categoria, mas conseguem fotos bem razoáveis, como vimos em nosso comparativo de câmera .
Os níveis de detalhes são satisfatórios, e o trabalho com luz e sombra é bem ok. Não tem muita compensação de áreas muito escuras, mas dá para o gasto. Em macro, fez um trabalho razoável com bastante luz, mas se o ambiente estiver mais escuro, já não dá muito certo.
Em uma foto contra a luz, talvez ficasse melhor utilizar o modo HDR. No automático, é só um monte de sombra e o contorno do sol atrás do prédio e da árvore. À noite, as coisas ficam mais complicadas. Recomendo tirar fotos mais durante o dia. Em ambientes internos também é mais difícil conseguir um bom clique.
A câmera de selfies também não é lá essas coisas, mas dá para o gasto. Lembrando que o foco desse aparelho não é a fotografia.
E vamos para o ponto mais forte desse dispositivo. A bateria de 3.000mAh apresenta uma redução em comparação com o que tínhamos no J7 Metal. Mas a autonomia é muito boa. Aliando um chipset econômico com resolução de tela baixa e tecnologia Super AMOLED, conseguimos cerca de 10 horas e 15 minutos de tela em um teste que durou 19 horas e meia .
No carregamento, o adaptador de parede padrão que acompanha o dispositivo levou 2 horas e 19 minutos para preencher a bateria de 0 a 100%. Veja outros resultados que obtivemos no teste de simulação de uso real:
Também fizemos alguns testes específicos de reprodução e gravação de vídeo, videochamadas, chamadas de voz e também com jogos. Todos deram resultados bem satisfatórios.
O J7 Neo vem com o Android 7.0 Nougat pré-instalado, por baixo da interface Samsung Experience 8.1. O acesso à gaveta de apps é feito ao deslizar para cima em uma das telas iniciais, como já vemos no Google Pixel e também nos Motorola lançados este ano. A vantagem é que abre um espaço a mais para atalhos de aplicativos, sem necessidade de um fixo para a gaveta de apps.
Mas de novidade, mesmo, temos o recurso chamado Dual Messenger, que permite ao usuário instalar uma espécie de cópia de alguns aplicativos para configurar uma segunda conta. Alguns dos apps suportados incluem o Facebook, WhatsApp e Skype, entre outros
O J7 Neo ainda oferece a TV digital, no padrão Fullseg. O sinal do aparelho é bem fraco, e você precisa da antena que vem na caixa ou de um fone de ouvido para conseguir sintonizar os canais. Mas quando tudo estiver funcionando bem, dá para assistir relativamente bem, e até gravar programas. Mas não se esqueça que esse smartphone tem só 16GB de armazenamento.
Falando em armazenamento, o sistema ocupa cerca de 5,1Gb do espaço. Ao menos tem poucos bloatwares aqui, evitando uma ocupação ainda maior do pouco espaço interno do J7 Neo.
Ah sim, e como todo Samsung, esse aqui também tem a manutenção do aparelho, que te ajuda a apagar arquivos desnecessários e manter a memória RAM e a CPU em níveis saudáveis de uso, para evitar engasgos. Notou que o aparelho está começando a ficar meio lento, é só acessar o menu de configurações, buscar 'Manutenção do aparelho' e otimizar.
Pontos positivos
Pontos negativos
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