Começando pelas mudanças em design. A tela em proporção diferente trouxe algumas mudanças na parte frontal, mudando o local do sensor de impressão digital para a traseira. As dimensões não mudaram muito, sendo agora de 149.3 x 70.2 x 8.2 mm (no J5 Pro era 146.2 x 71.3 x 8 mm). O peso caiu de 160 gramas para 154 g.
Outra novidade é que a tela aumentou em quase meia polegada, mas o corpo do aparelho tem basicamente as mesmas medidas. É que a tela cresceu em altura, apenas, a largura ficou a mesma. Isso reduziu as bordas e aumentou o aproveitamento da parte frontal, que fica em cerca de 76,5%.
Também mudou o acabamento. O J5 Pro tem corpo metálico, mas o J6 traz corpo todo em plástico - tirando, claro, a parte frontal, que é de vidro com proteção Gorilla Glass. A qualidade de construção é boa, sem espaços grandes entre a lateral e a tampa traseira, que não é removível. Tem duas gavetinhas para você colocar um nano SIM em uma e outro nano SIM e um micro SD na outra.
Por fim, o J6 tem entrada para fone de ouvido e saída de som mono na lateral direita, acima do botão de energia. Na parte de trás, além do leitor de impressão digital, tem uma câmera com lente única e o flash LED. E nada de lombada.
Na caixa, que tem laterais e detalhes em um laranja berrante, você vai encontrar os acessórios de sempre, incluindo carregador, cabo micro USB, fone de ouvido e extrator da gaveta de chips e a antena da TV digital. Não tem capinha.
A tela do J6 foi de 5,2" do antecessor para 5,6". A área total aumentou cerca de 6 cm², totalizando agora 80,1 cm². Mas o aumento está todo nas partes de cima e de baixo, como já explicamos - a dimensão lateral é praticamente a mesma, apesar da diferença no tamanho diagonal.
A resolução é HD+, que é um 720p com um dos lados esticados. Em pixels, são 720 x 1480, com uma densidade aproximada de 294 ppi. Ja a tecnologia Super AMOLED foi mantida, oferecendo qualidade suficiente para você não perceber essa diferença na resolução.
Cores e contraste são muito bons, com preto real. E o brilho é legal para usar em ambientes externos, baixando bem para uso confortável em ambientes escuros. Além disso, o J6 tem o filtro de luz azul, para mais conforto aos seus olhos principalmente durante a noite.
Já o áudio fica devendo bastante. O volume máximo é baixo, e o som é abafado, o que afeta tanto os graves quanto os agudos.
A Samsung Experience 9.0 roda por cima do Android 8.0 Oreo aqui no J6. Não tem nada de muito novo em relação a recursos, que inclui todas as novidades apresentadas no ano passado.
Ou seja: tem o Dual Messenger e suporte à Pasta Segura, entre outros recursos que já falamos em vários outros aparelhos da Samsung, quando eram novidade.
Esse modelo ainda tem TV digital, no padrão Full Seg. Para conseguir a melhor qualidade de transmissão, é recomendado utilizar o adaptador que vem com o aparelho. Mas um fone de ouvido também serve como antena.
O Galaxy J6 tem hardware mais modesto que seu irmão maior, o J8. Aqui dentro a gente encontra o eterno Exynos 7870, da Samsung, mesmo. É uma plataforma com processador de oito núcleos, mas que em 2018 já podemos considerar de entrada, não mais intermediário. Completa o conjunto os 2 GB de RAM e 32 GB de armazenamento neste modelo mais simples.
Quanto à fluidez. o J6 deixa um pouco a desejar para tarefas mais pesadas. Nosso teste de abertura de aplicativos mostra que a interface é um pouco pesada para o hardware desse aparelho. Os 2 GB de memória RAM não conseguem segurar todos os aplicativos na segunda volta. Bom lembrar que tem uma versão com 3 GB de RAM e mais armazenamento, também.
A pontuação no AnTuTu ficou na faixa dos 60.000 pontos, que é a pontuação esperada para o chipset utilizado.
E, claro, se você espera fluidez legal para jogar, pode esquecer. O Galaxy J6 vai servir no máximo para jogos mais leves, e mesmo nestes pode apresentar quedas na taxa de quadros de vez em quando.
Ter um chipset modesto e resolução baixa traz um grande benefício, que é a duração da bateria. A gente realizou nossa simulação de uso real padrão, feita do mesmo jeito em todos os dispositivos. E o J6 aguentou 20 horas , superando o J5 Pro no mesmo teste, que marcou cerca de 18 horas e 20 minutos.
E o fato de aguentar bastante tempo em uso é essencial. O carregador padrão que vem na caixa do J6 demora quase três horas para preencher os três mil miliampéres/hora da bateria de 0% até 100%. Não há carregamento rápido neste dispositivo.
O J6 não é focado na experiência da câmera. O sensor aqui é único na frente e atrás, com resoluções máximas de 13 MP e 8 MP, respectivamente. Não são nada demais. Dá para tirar algumas fotos simples para as redes sociais, mas não são imagens que saltam aos olhos.
As fotos saem com saturação bem baixa, ou seja, com as cores lavadas. A riqueza de detalhes não é de outro mundo, ficando dentro do esperado para um aparelho simples e, em tese, barato. E não espere muita qualidade para fotos com pouca luz.
As selfies também são, no máximo, aceitáveis para a faixa de preço. Enfim, não é um dispositivo que entrega grande experiência em câmera.
Os vídeos chegam à resolução Full HD na frente e atrás, mas a qualidade não é das melhores. O áudio captado também é bem ruim.
O modelo mais básico do Galaxy J6 chegou ao Brasil por R$ 1.299. Assim como praticamente todos os smartphones lançados aqui este ano, o aparelho tem preço de lançamento muito elevado. Mas, hoje em dia já dá para encontrá-lo por cerca de R$ 699, que já é mais justo.
Os pontos fortes aqui são a qualidade da tela, a autonomia e a qualidade de construção. De pontos fracos, o áudio é ruim e a câmera deixa a desejar, mesmo considerando que não é o foco do aparelho.
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