S a m s u n g G a l a x y A 2 2

A Samsung lançou recentemente no Brasil o Galaxy A22 em sua versão 4G, o novo intermediário básico da empresa para quem busca um celular acessível com tela de 90 Hz, boa bateria e conjunto completo de câmeras. O que ele tem de bom? Será que vale a pena comprar? É isso que você vai descobrir com a análise completa do TudoCelular.

O Galaxy A22 vem em embalagem tradicional na cor branca com a imagem do aparelho estampada na parte frontal. Além do celular, você recebe os seguinte acessórios:

O A22 se diferencia dos demais da linha A 2021 no design. Este aqui ainda aposta no bloco de câmeras estilo cooktop, o que faz com que ele se pareça mais com modelos da linha Galaxy M, como o M32 e M62 lançados recentemente.

Ele chega em quatro opções de cores: preto, verde, violeta e branco. A sua pintura não tem nada de elegante como nos mais caros, como efeito degradê ou tom metálico. É um celular com visual simples que não esconde o seu acabamento todo em plástico.

A parte frontal é muito parecida com vários outros celulares da Samsung e pode até confundir com modelos como o M32 e A32 . Eles são do mesmo tamanho e trazem entalhe em formato de gota. As bordas não são largas, exceto pela inferior como é padrão no segmento.

O A22 possui leitor biométrico na lateral direita integrado ao botão de energia e logo acima temos a tecla de controle de volume. Do lado oposto há a gaveta para dois chips e um cartão de memória; na parte inferior a entrada USB-C, P2 para fones, microfone e alto-falante. Por fim, no topo há apenas mais um microfone.

Em conectividade terá tudo o que você precisa, incluindo: Wi-Fi padrão AC para redes 5 GHz, Bluetooth 5.0 e NFC. Já se busca conexão com redes 5G, então é a outra versão do Galaxy A22 que você deve procurar.

Esse celular da Samsung vem com tela de 6,4 polegadas com resolução HD+, painel Super AMOLED e taxa de 90 Hz para fluidez superior com as animações do sistema. A sua tela é boa para a categoria com bom nível de brilho, cores vibrantes e preto perfeito. Ele se destaca diante os rivais com painel IPS que apresentam cores apagadas e ângulo de visão mais limitado.

Assim como o Galaxy A32, o A22 também só tem uma saída de som. O seu áudio mono tem boa potência sonora, mas acaba distorcendo no máximo com agudos muito estridentes. Os médios e graves estão mais equilibrados, assim como vimos no Galaxy M32. O que pode indicar que a Samsung tenha usado o mesmo alto-falante nos dois modelos.

A parte multimídia não é o ponto forte do Galaxy A22 e é uma pena que a Samsung não envie mais fone de ouvido na caixa. Pelo menos a entrada P2 permite que você use o acessório que desejar.

Outro ponto em comum entre o Galaxy A22, A32 e M32 é a plataforma Helio G80 da MediaTek. Não é um hardware que realmente empolgue no desempenho e ficou até abaixo do Moto G30 em nosso teste de velocidade focado no multitarefas. Apesar de ter 4 GB de RAM, não foi possível segurar todos os apps abertos em segundo plano.

Em benchmarks tivemos números próximos do A32 e no caso do AnTuTu chegou a passar em 20 mil pontos. Comparado ao Galaxy A21s lançado ano passado com Exynos 850, temos um salto considerável de 40% na pontuação.

O A22 roda bem jogos leves e consegue entregar fluidez aceitável no PUBG com gráficos em HD, taxa de moldura no alto e antialising ativado. No Call of Duty tivemos bom desempenho na qualidade gráfica média, mas com melhorias de imagem desativadas.

O A22 é mais um de vários celulares da Samsung com bateria de 5.000 mAh. A parte mais curiosa é que ele acabou rendendo menos que o A32, que possui tela com resolução superior. De qualquer forma, o A22 é capaz de entregar autonomia com folga para um dia inteiro de uso e ainda sobra um pouco de carga para a manhã seguinte.

O tempo de recarga poderia ser melhor. A Samsung manda um carregador de apenas 15W na caixa que leva mais de 2 horas para fazer a bateria chegar a 100%. Com 15 minutos na tomada temos apenas 12% recuperados e chega a 25% em meia hora.

O conjunto fotográfico é composto por câmera principal de 48 MP, secundária de 8 MP com ultra-wide e duas de 2 MP dedicadas para macro e desfoque. É basicamente o mesmo conjunto do Galaxy A21s e isso inclui a câmera de selfies com sensor de 13 MP.

A câmera do A22 registra boas fotos de dia, acertando nas cores e nitidez. O que poderia ser melhor é o alcance dinâmico para equilibrar pontos estourados de luz, o que evitaria ter céu todo branco nas fotos. Pelo menos o HDR acerta às vezes para resolver o problema.

Isso também pode ser resolvido com a ultra-wide, mas esta câmera tem nitidez inferior e as cores tendem mais para um tom azulado. Pelo menos você poderá capturar muito mais dos cenários. O A22 não sofre com excesso de ruídos em fotos noturnas e possui modo noturno que não apenas deixa as imagens mais claras, como também recupera partes perdidas na escuridão.

Há atalho para zoom de 2x que não compromete tanto a qualidade das fotos, mas evite usar o zoom máximo. A câmera macro tem resolução baixa, mas ainda é capaz de registrar fotos bacanas. Só é preciso ter paciência para acertar a distância focal, já que o A22 não tem foco automático na macro.

A frontal mostra um bom avanço comparado ao A21s, por mais que seja o mesmo sensor. Isso mostra que a Samsung está trabalhando mais no pós-processamento e tornando menos agressivo o embelezamento artificial que deixa a pele parecendo cera. O efeito retrato também foi aprimorado e apresenta menos falhas do que antes.

Selfies noturnas ainda continuam sendo um desafio para este sensor. A qualidade cai bastante, mas não chega comprometer as fotos com excesso de ruídos. De qualquer forma, é bom evitar tirar selfies muito longe de uma fonte de luz.

A filmadora grava vídeos em Full HD. Seria pedir demais vídeos em 4K nesta categoria? O que realmente decepciona é não ter um bom balanço de cores e brilho, especialmente com a frontal que deixa o fundo estourado. A qualidade no geral é apenas decente, assim como a captura de áudio.

O A22 sai da caixa com Android 11 modificado pela One UI 3.1 Core. Estranhamente, ele vem com a versão capada do software da Samsung, que normalmente é encontrado em celulares da linha Galaxy M.

De qualquer forma, ainda temos uma boa seleção de recursos como o Tela Edge para atalhos no canto da tela de qualquer parte do sistema. Os recursos principais são os mesmos de outros modelos da marca com direito a modo escuro para aproveitar a tela AMOLED e o suporte a temas.

O que notamos é que o sensor de toque apresenta um pequeno delay ao trocar entre apps, mesmo problema visto nos modelos mais caros da linha Galaxy A. Pelo menos a tela de 90 Hz ajuda a passar uma sensação de maior fluidez do que vimos em modelos mais caros da marca com tela de 60 Hz.

Quais seriam os rivais do A22 no Brasil? Talvez o intermediário que bata de frente com ele seja o Moto G30 que entrega desempenho um pouco melhor, mas a bateria dura menos e demora mais para carregar. O da Motorola também tem tela de 90 Hz e conjunto fotográfico similar com câmera principal com resolução superior.

Há muita diferença para o Galaxy A32? O modelo superior tem design mais caprichado, tela com brilho mais forte, maior autonomia de bateria e câmeras um pouco melhores. A diferença no desempenho é pequena, já que ambos possuem a mesma plataforma.

O Redmi Note 10 é o mais básico dos novos intermediários da Xiaomi. Ele apresenta desempenho similar, mas tem tela de apenas 60 Hz. Por outro lado, a bateria dura mais e recarrega na metade do tempo. Ele entrega qualidade similar em fotos, mas se destaca por gravar vídeos em 4K.

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