Q u a n t u m G O 2

O Quantum GO2 vem em uma caixa preta, de formato quadrado, no mesmo padrão elegante dos outros aparelhos da marca. Na parte da frente, temos o nome da marca. De resto, não tem muito mais detalhes.

Na parte de dentro, nos deparamos com o dispositivo e uma cartinha de agradecimento da Quantum. Abaixo de tudo isso, os guias, um adesivo da Quantum e os acessórios. O adaptador de parede, que tem 5V e 1,5A, um cabo de dados e energia USB para micro USB, e um fone de ouvidor intra auricular de qualidade razoável, que quebra um galho, ficam logo abaixo, embalados separadamente.

O TudoCelular adquiriu uma versão na cor azul, mas também dá para encontrar um modelo rosa. Ambos são acompanhados por uma capinha extra na cor preto asfalto, que é essa capinha com uma textura que ajuda a evitar escorregões. Veja só a diferença da capinha azul, brilhante, e da preta, fosca.

Falando no design do GO2, temos laterais com acabamento metálico e curvas. A traseira também tem uma leve curvatura nas bordas. A frente é mais reta, e tem até uma borda mais levantada. Quem não gosta dos smartphones com bordas arredondadas, esse pode ser uma ótima opção.

As dimensões são de 145,6 milímetros de altura por 70,5 de largura, com 7.8 mm de espessura e pesa 124 gramas.

A lateral direita concentra todos os botões físicos, com os de volume juntos em uma barra só, e o de ligar/desligar mais gordinho, abaixo, em uma saliência prateada. No lado esquerdo, nada. Na parte de baixo, o microfone. E na parte de cima, os conectores de fone de ouvido e o do cabo de dados e energia, que entra de ponta-cabeça, com a parte mais chata para cima.

Partindo para a traseira, encontramos, tudo centralizado, a câmera, o flash, o sensor biométrico e o Q da Quantum. A câmera fica em uma saliência de leve para dentro, e o leitor de digitais também, mas uma saliência mais profunda. Lá para baixo, temos o nome do modelo e o alto-falante.

Essa tampa é removível, e você pode substituir a versão azul ou rosa com o MetalPrint, que imita a traseira da geração anterior, por uma com a textura antiderrapante. Na parte de dentro, podemos ver a bateria, protegida por um lacre, e portanto, não removível, e os slots para os cartões SIM e o micro SD. São três, então dá para usar dois chips e expandir a capacidade do aparelho sem problema.

Na parte da frente, tudo bem pertinho um do outro, a câmera de selfies, o alto-falante de chamadas e o flash frontal. Do lado, mas menos visível, temos os sensores de luz e proximidade. Na parte inferior, só uma borda preta, um milímetro maior que a superior. Sem nada.

A tela AMOLED tem 5" e resolução HD (720x1280 pixels), com cerca de 293 ppi de densidade. O vidro desse display é temperado e, segundo a Quantum, é bastante resistente. No mínimo, ele consegue evitar os principais arranhões que o uso normal pode causar. A nossa unidade está lisinha, mesmo depois dos nossos testes, mas é bom notar que não fazemos nenhuma exigência específica de resistência da tela.

Por conta da escolha pela tecnologia AMOLED, o display oferece cores mais vivas e contraste em bom nível. O usuário ainda pode fazer alguns ajustes de exibição, e até acionar o modo de contraste dinâmico por meio do recurso MiraVision, da MediaTek. Isso ajuda a conseguir um preto um pouco mais profundo, e branco mais claro, mas você pode perder alguns tons intermediários.

O brilho máximo não chega a ser tão alto quanto o do Muv Up, e o brilho mínimo não é muito confortável para uso no escuro, como vimos em nosso comparativo de telas . Porém, na maior parte das situações do dia a dia, temos aqui um display satisfatório. E nada além disso.

O chipset do GO2 foi atualizado em comparação com o utilizado no seu antecessor. Agora, a Quantum colocou aqui dentro um MediaTek MT6753, o mesmo do Muv Up. A placa gráfica também é a Mali-T720MP3, e esse smartphone tem 3GB de memória RAM e 32GB de armazenamento interno, dos quais 26,03GB estão liberados para o usuário. Se não for suficiente, é possível colocar um cartão micro SD de até 128GB para expandir essa memória.

O GO2 ficou um pouco atrás do Muv Up em nosso teste de velocidade , encerrando as duas voltas com 1min 46 segundos e 4 milésimos. Pouca coisa a mais, dá para considerar que está na mesma faixa. A primeira volta durou 1 minuto 22 segundos e 62 milésimos, e a segunda tomou mais 23 segundos e 42 milésimos. Isso o coloca à frente de seus principais rivais, como o Moto G5 e o K10 Novo.

Eis os resultados do GO2 em nossos testes de benchmark:

No desempenho em jogos, novamente temos resultados bem parecidos com os obtidos pelo Muv Up, o que indica que a otimização em ambos é bem parecida. No Asphalt 8, foram 26 quadros por segundo. Essa taxa ficou em 24 fps no Modern Combat 5. E saltou para 58 fps no Subway Surfers.

O conjunto de câmeras do Quantum GO2 tem sensores de 13 megapixels na frente e atrás, ambas com abertura câmera f/2.0. A diferença fica nos vídeos: a principal pode gravar em Full HD, mas a frontal só filma em HD.

O app de câmera tem a mesma interface do Muv Up. Dá para ativar HDR, mudar opções de flash e alternar entre as câmeras na parte do topo, e no lado esquerdo você tem opção entre o modo normal e panorâmico. Na parte inferior, uma setinha indica onde acessar os filtros, aplicados em tempo real. No lado direito, de cima para baixo, o botão de captura de foto, de início da gravação do vídeo, e as configurações.

São bastante opões nas configurações da câmera, incluindo ajustes de ISO, balanço de branco e exposição. É aqui que está, escondido, o modo manual, que não é nada prático. Sim, você tem que acessar as configurações e ajustar um a um sempre que quiser mudar algo. Para as fotos, ainda dá para acionar um recurso anti vibração, que realmente ajuda um pouco a deixar suas fotos menos tremidas. Mas não é um salvador da pátria.

Quanto às fotos. Bom, no nosso comparativo com o Muv Up, Moto G5 e K10 Novo, o GO2 foi o que menos agradou o público. Realmente, as fotos desse dispositivo não ficam muito legais. O balanço de branco dele puxa demais para o vermelho, deixando as fotos mais quentes.

O foco é demorado e você pode perder o clique se ficar esperando, ou tirar uma foto desfocada se for um pouco apressado. O nível de detalhes também decepciona. Em ambientes com pouca luz, as coisas só pioram. Quem gosta de comprar um smartphone para ter uma boa câmera, já sabe que o GO2 não é recomendado.

Em vídeo, a estabilização é ok, dá para trabalhar. As cores têm o mesmo problema de puxar para os tons quentes. A mudança do claro para o escuro é meio demorada, mas também dá para usar. Enfim, dá para fazer vídeos caseiros ou para as redes sociais com o GO2.

A câmera de selfies não é melhor. Na verdade, até piora, já que só usa a resolução HD. As cores não ficam muito legais. E o vídeo fica contrastado demais, além de não conseguir um bom equilíbrio entre as partes claras e escuras do cenário.

A bateria do GO2 tem 2.500mAh, mas demora para carregar. Seu carregador de 1,5A precisa de 2h25min para encher a carga de 0 a 100%.

Esse aparelho aguentou 10h49min em nosso teste de simulação de uso real. Foram 5h12min com a tela ligada, encerrando o sétimo ciclo com 10% da carga. Ainda tive tempo de realizar mais metade de um ciclo, que aumenta o tempo de tela para cerca de 5,5h.

Para quem só quiser utilizar esse aparelho para redes sociais, mensageiros, email e um ou outro vídeo, dá para aguentar o dia inteiro sem precisar recarregar essa bateria. Mas vai chegar em casa meio no limite.

O software é a mesma coisa do Muv Up: Android 7.0 com bem poucas modificações. Não tem muito bloatware aqui, também, o que é ótimo. Os ícones foram alterados, mas nada que seja o fim do mundo, dá para personalizar com outros apps. O launcher é basicamente o mesmo das linhas Nexus e Pixel.

Quanto ao sensor biométrico, apresentou uma taxa de sucesso muito grande. Não precisa acender a tela para ele funcionar: só colocar o dedo cadastrado ali e pronto, a tela acende já desbloqueada.

Pontos fortes

Pontos fracos

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