O Lumia 530 chega ao mercado com a promessa de continuar o sucesso que o Lumia 520 teve, como um smartphone de baixíssimo custo e que entrega uma experiência superior aos Androids concorrentes de preço. Ele continua simples e pequenino, com um processador Snapdragon 200 rodando quatro núcleos em 1.2 GHz, acompanhado de uma GPU Adreno 302 e 512 MB de memória RAM. Tudo isso controlado pelo Windows Phone 8.1. A embalagem segue o padrão de caixas de aparelhos que já chegam com o novo Windows Phone, ou seja, fundo branco e com fotos das cores disponíveis do aparelho (não significa que todas elas estão disponíveis no Brasil, infelizmente).
Abrindo o conjunto, temos apenas o celular, carregador de tomada e manuais de instrução. Aparentemente a Nokia está economizando nos acessórios, deixando de lado cabo de dados e até mesmo um fone de ouvido, algo incomum no Windows Phone e que só acontecia na linha Nexus (que não vem com o fone de ouvido) e nos iPads. De qualquer forma, você ainda tem o básico para fazer o celular rodar (bateria e carregador).
O Lumia 520 era quadradão e contava com ângulos bem retos, o que não acontece por aqui. O novo smartphone chega mais arredondado e com um visual mais agradável. Na parte da frente temos uma tela TFT de 4 polegadas, com resolução de 854 x 480 pixels, densidade aproximada de 245 pixels por polegada e sem a proteção de Gorilla Glass ou então a tecnologia ClearBlack Display, que está em outros modelos da mesma fabricante. Não há câmera frontal ou sensor de luz, para brilho automático.
Do lado esquerdo não há nada, sendo que do lado oposto temos botões para controle de volume e um liga/desliga.
Acima de tudo está apenas a entrada para fones de ouvido.
Abaixo, fica a porta microUSB 2.0.
Atrás podemos ver o alto-falante em um pequeno furo redondo, junto da câmera traseira de 5 megapixels. A tampa traseira, neste modelo branco, suja com extrema facilidade e com alguma dificuldade na hora de limpar.
Abrindo a tampa traseira, está a bateria de 1.430mAh, junto das duas entradas para chip da operadora e o slot para cartões microSD de até 128 GB. A bateria é capaz de durar até 51 horas de reprodução de música, junto de 13 horas de conversa no telefone e 528 horas em stand-by - o que dá aproximadamente oito dias de uso. No cotidiano o smartphone suportou mais de um dia de uso moderado, sem reclamar de falta de bateria ao final do dia.
Como estamos com um smartphone que não é um phablet, que conta com bordas levemente arredondadas e com traseira áspera, a pegada acaba com um conforto extra. Ele encaixa perfeitamente nas mãos, mesmo naquelas mãos pequenas. Por outro lado, ao menos nesta cor de tampa traseira, o detalhe áspero acabou trazendo muita sujeira para o dispositivo. Sujeira que sairá com alguma dificuldade.
Suas dimensões são de 11,9 centímetros de altura, por 6,2 centímetros de largura e 1,1 centímetro de espessura. Tudo isso somado aos 129 gramas de peso total. São números que revelam um aparelho bastante compacto e que não faz muito volume, quando está dentro de um bolso mais apertado, ou disputando espaço em uma bolsa pequena.
Como sistema operacional, assim como todos os outros smartphones Lumia, a Nokia escolheu o Windows Phone 8.1, da Microsoft. Ele vem limpo de modificações e conta exatamente com a mesma interface que existe desde o primeiro Windows Phone 7. A tela inicial entrega atalhos "vivos", chamados de Live Tiles, que servem como widgets que também são atalhos. Puxando para o lado direito estão todos os aplicativos instalados e pré-instalados, organizados em ordem alfabética e que podem ser encontrados mais rapidamente ao tocar na lupa - que serve como busca universal.
Uma das mudanças do Windows Phone 8.1, em relação ao WP 8, é que ele adiciona uma área de notificações no topo a interface - bem semelhante ao que já acontece com o Android e depois chegou ao iOS. Ali é possível adicionar alguns atalhos para algumas funções específicas, como ligar e desligar o Wi-Fi, Bluetooth, acionar a câmera e controlar o brilho da tela (O Lumia 530 não tem brilho automático). É possível filtrar quais apps podem enviar notificações para a área e trocar quais atalhos você quer instalados ali. A lista de possibilidades inclui bloqueio de rotação da tela, Bluetooth, brilho, câmera, compartilhamento de internet, GPS, modo avião, VPN e o Wi-Fi.
Outra novidade fica por conta dos botões virtuais que agora ficam dentro da tela, deixando o lado de fora apenas para o display e o vidro escuro que fica na frente do aparelho - independente da cor escolhida na hora da compra. Como a tela do Lumia 530 é bastante compacta, estes botões assumem tamanhos bem pequenos e que não são tão confortáveis para o toque. Talvez, neste modelo, botões fora da tela seriam uma melhor escolha.
Você pode escolher um papel de parede para ficar atrás de algumas Live Tiles, mas que não aparece na maioria dos blocos de apps instalados. Ele funciona assim: alguns (poucos, apenas aqueles que não contam com cor própria) blocos ficam transparentes e deixam passar a imagem de uma imagem que está atrás deles. Não funciona, nem de perto, como outras plataformas. Se você curte alguns apps que não contam com a transparência e deixa tudo pra cima, o papel de parede mal será visto. Outra novidade é que dá pra escrever arrastando o dedo pelo teclado, algo bastante semelhante ao que o Android faz em teclados de terceiros, como o famoso Swype - isso ajuda bastante na digitação, já que o teclado é bem apertado. A Cortana também está presente, mas apenas com pouquíssimos atalhos que são reconhecidos em português - comandos básicos, como ligar para alguém, ou algo do tipo.
Além disso, há o pacote da Nokia para apps. Isso inclui o bem-vindo HERE maps, que coloca a bem falada cartografia que a Nokia tem, dentro do smartphone e que permite baixar uma área inteira do mapa para utilizar o serviço (exige um cartão microSD para o download dos mapas) sem a necessidade de dados da operadora (ele até entrega rotas com transporte público). Junto dele vem o HERE Drive+ (que não está pré-instalado, mas que pode ser baixado de graça na Windows Phone Store), que é um GPS guiado por voz (muito robótico, extremamente distante do natural que temos no Google Maps em Androids e iPhones) e o MixRadio, que tem a péssima mania de não permitir você avançar mais do que seis músicas a cada hora de reprodução - mas não cobra para baixar músicas dentro do smartphone.
O Internet Explorer abre bem os sites, vários deles, mas fica processando a página para renderizar seu conteúdo - pensando muito, processando muito. Mesmo em páginas que são otimizadas para acesso móvel, o aparelho leva certo tempo até terminar de carregar e oferecer uma navegação mais fluida. Esta limitação pode aparecer por conta da quantidade limitada de memória RAM, que tem apenas 512 MB. Não há problemas na utilização do smartphone, mas alguns apps exigem mais do que isso (e não podem ser instalados) e algumas partes poderiam rodar melhor, com mais memória RAM.
Estamos com um smartphone onde o desempenho gráfico não é o principal foco, mas ele consegue rodar jogos mais pesados sem muitas reclamações, na hora de contar os quadros por segundo. Por dentro você conta com um Qualcomm Snapdragon 200 rodando quatro núcleos a 1.2 GHz, acompanhado de 512 MB de memória RAM e uma GPU Adreno 302. Testamos o jogo Asphalt 8, que não pode ser instalado por falta de espaço interno. Partimos para o mais simples Minion Rush, que rodou muito bem e sem travamentos durante a jogatina - apenas no começo, algo que pode ser por conta da baixa quantidade de memória RAM.
O tocador de músicas é bem simples e não oferece sequer uma opção para equalizar o som. Não é um ponto negativo, já que a qualidade do áudio que sai pelos fones de ouvido não é ruim. De qualquer forma, ele reproduziu, sem problemas, arquivos MP3 de todos os tamanhos e qualidades.
Já o de vídeos oferece a inserção de legendas. Ele rodou um arquivo em 480p, sem demonstrar que estava com problemas para a reprodução do clipe.
Infelizmente não há qualquer tratamento estilo-Nokia da tecnologia PureView, para melhorar as fotos. De qualquer forma, este smartphone registra boas imagens de até 5 megapixels, com pouco ruído em imagens criadas com boa luminosidade e fotos muito borradas em ambientes escuros - o que está dentro do padrão de seus concorrentes.
Para vídeos, o Lumia 530 registra até 480p, com 30 quadros por segundo e com qualidade bastante semelhante ao que temos nas fotos.
Pontos fortes
Pontos fracos
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